sábado, 15 de dezembro de 2018

Aprovado registro de Lynparza™ Comprimidos

Anvisa aprovou o registro do medicamento Lynparza™ Comprimidos (olaparibe), indicado como monoterapia para o tratamento de manutenção de pacientes adultas com câncer de ovário seroso (incluindo trompa de Falópio ou peritoneal primário) ou endometrioide, de alto grau (grau 2 ou maior), recidivado, sensível à platina e que respondem (resposta completa ou parcial) à quimioterapia baseada em platina.
O medicamento também é indicado como monoterapia para tratar pacientes com câncer de mama metastático HER2 negativo, com mutação germinativa no gene BRCA (patogênica ou suspeitamente patogênica), previamente tratados com quimioterapia. Esses pacientes podem ter recebido quimioterapia em um cenário neoadjuvante, adjuvante ou metastático. Pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo devem ter sido tratados com uma terapia endócrina prévia ou serem considerados inadequados para terapia endócrina.

Nova fórmula

A apresentação em comprimidos permite que a dose terapêutica seja administrada em menos unidades de dose, em um total de quatro comprimidos por dia (em comparação com 16 cápsulas por dia de Lynparza™ cápsulas), sem as restrições de alimentação exigidas pela formulação em cápsula. Além disso, o olaparibe representa a primeira opção de tratamento direcionada para pacientes gBRCAm com câncer de mama metastático HER2-negativo.

Recomendação

A apresentação disponível de Lynparza™ comprimidos é de 300 mg (dois comprimidos de 150 mg). O medicamento deve ser administrado duas vezes ao dia, equivalendo a uma dose diária total de 600 mg.
Estão disponíveis, ainda, comprimidos de 100 mg para redução da dose. Apesar de conterem o mesmo princípio ativo, os comprimidos (Lynparza™ Comprimidos) e as cápsulas (Lynparza™) não devem ser utilizados de forma intercambiável, devido a diferenças na dosagem de cada formulação. A bula do Lynparza™ (cápsulas) deve ser consultada para informações sobre a posologia específica para os pacientes que utilizam o medicamento nesta apresentação.

Aprovação

A indicação do olaparibe para o tratamento de câncer de ovário foi baseada em dois estudos clínicos: Estudo 19 (fase II) e SOLO2 (fase III). O Estudo 19 foi conduzido com Lynparza™ (cápsulas) e fundamentou o registro desse medicamento. O estudo SOLO2 foi conduzido com a forma farmacêutica comprimidos revestidos e os resultados desse estudo demonstraram que houve uma redução do risco de progressão da doença ou morte (desfecho primário de eficácia) de 70% com Lynparza™ Comprimidos em comparação ao placebo.
A mediana de sobrevida livre de progressão (SLP) foi maior e estatística e clinicamente significativa no grupo olaparibe (19,1 meses) em comparação ao grupo placebo (5,5 meses). Na data de corte dos dados (19 de setembro de 2016), os dados de sobrevida global (SG) estavam imaturos (72/295 eventos, 24,4% de maturidade), logo a mediana de SG não foi calculada em nenhum dos braços de tratamento. A maioria das pacientes (68,8%) continuava em tratamento no estudo.
Já a aprovação da indicação de olaparibe para o tratamento de câncer de mama foi embasada pelo estudo clínico OlympiAD (fase III). Os resultados desse estudo indicaram uma redução de 42% no risco de progressão ou morte (SLP) com olaparibe em comparação à quimioterapia de escolha médica (capecitabina, vinorelbina ou eribulina), apresentando uma mediana de SLP de 7 meses no braço olaparibe e de 4,2 meses no braço comparador. Com 64% de maturidade, não foi observada diferença estatística na SG entre os braços de tratamento. A mediana de SG dos pacientes que receberam olaparibe foi de 19,3 meses e a de pacientes que receberam quimioterapia foi de 17,1 meses.

Eventos adversos

No estudo SOLO2, os eventos adversos (EAs) mais comuns no grupo olaparibe foram: náusea, anemia, fadiga, vômito, diarreia e astenia. Os eventos foram em geral manejáveis por interrupção do tratamento, redução de dose ou intervenções terapêuticas. Em relação ao uso de olaparibe para tratamento de câncer de mama metastático, no estudo OlympiAD a proporção de pacientes que apresentou qualquer evento adverso foi similar entre os braços de tratamento: 97,1% no olaparibe e 96,7% no comparador. Os EAs mais comuns reportados a partir de 20% dos pacientes no braço olaparibe foram náusea, anemia, vômito, fadiga, diarreia e dor de cabeça, e no braço comparador foram náusea, neutropenia, anemia, fadiga, diarreia, eritrodisestesia palmo-plantar e diminuição da contagem de leucócitos.

Fabricação

O medicamento Lynparza™ Comprimidos será fabricado pela empresa AbbVie Deutschland GmbH and Co. KG, da Alemanha, e embalado pela AstraZeneca UK Limited, sediada em Macclesfield, no Reino Unido. A detentora do registro do medicamento no Brasil é a empresa AstraZeneca do Brasil Ltda. O Lynparza™ na forma farmacêutica cápsula dura obteve registro na Anvisa em 16/01/2017, conforme a Resolução - RE 100/2017.

Doença

O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e com menor chance de cura. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de três quartos dos cânceres desse órgão apresentam estágio avançado no momento do diagnóstico. Já o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Somente para este ano, a estimativa do Inca é de quase 60 mil novos casos da doença.

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domingo, 25 de novembro de 2018

Animais de estimação podem ajudar no tratamento do câncer?


Sim. Animais de estimação podem ajudar no tratamento do câncer. E de diversas formas. Estudos recentes vincularam a relação entre seres humanos e animais domésticos com um menor risco de se desenvolver enfermidades e como um auxílio no tratamento de doenças graves como o câncer.
Os animais de estimação podem ajudar no tratamento do câncer, principalmente devido ao seu companheirismo em relação aos seres humanos. Este fato ajuda as pessoas com câncer a manter suas relações sociais e a alegria de viver.

Como os animais de estimação podem ajudar no tratamento do câncer?

Os estudos científicos também demonstraram que ter um animal de estimação em casa ajuda nos seguintes aspectos:
  • quem convive com animais é menos propenso a sofrer de depressão, como nos casos em que há comprovação do diagnóstico de câncer;
  • pessoas com animais de estimação têm valores menores da pressão arterial em situações estressantes, como o tratamento do câncer;
  • brincar com um pet eleva os níveis de serotonina e dopamina, o que acalma e relaxa o paciente;
  • ter um animal de estimação estimula as pessoas a caminharem e se exercitarem, ao levá-los para passear;
  • o convívio com um pet reduz a ansiedade e a agressividade em relação ao tratamento do câncer;
  • melhora na autoestima;
  • melhora na comunicação entre paciente e equipe de saúde, família e/ou cuidadores;
  • aumento da mobilidade e atividade muscular.
Os animais podem auxiliar na qualidade de vida de pacientes em tratamento oncológico. Cada vez mais, a terapia com animais de estimação, mais conhecida como pet terapia, está sendo adotada em hospitais de câncer como um fator que auxilia a cura e o bem-estar dos pacientes. As crianças são as mais beneficiadas com esta atitude.

Animais servem de estímulo aos pacientes com câncer

Já houve bastante resistência e preconceito quanto à ideia de que os animais de estimação podem ajudar no tratamento do câncer. Contudo, há alguns anos, esta visão está mudando. O tratamento com animais de estimação auxilia na recuperação de pacientes com câncer, minimizando os fatores de estresse que a doença traz.
Basta pouco tempo de contato com os animais de estimação para ser possível notar mais segurança e afeto em crianças e adultos que são adeptos deste convívio.
Para os pacientes que precisam passar pela quimioterapia e pela radioterapia, o estresse causado pelos tratamentos são reduzidos. Além disso, o sistema imunológico fica fortalecido com a interação com animais.
O uso da pet terapia com animais também ajuda a manter o astral elevado nos integrantes da família dos pacientes. O convívio com os pets eleva a alegria, também, para os profissionais da saúde que, frequentemente, sofrem com o estresse causado pelo contexto da sua profissão.
Não há uma recomendação específica de quais pacientes com câncer podem ser ajudados pela pet terapia. Na realidade, qualquer paciente pode ser beneficiado. Só é preciso ter atenção a algumas contraindicações, como medo de animais, alergia, problemas de respiração ou imunidade.
Falo  por mim:
Mesmo enquanto estava em tratamento quimioterápico, resolvi ter um cachorrinho para me fazer companhia! Nunca tive cachorro antes e o Toddy,  um filhote de labrador, surgiu para dar mais vida à minha vida! Tornei-me uma tutora de primeira viagem de um bebezão levado, que faz muita bagunça, rói tudo, morde,  mas que apesar dos pesares, tem me proporcionado imensa alegria! 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Cuidados Paliativos pelo SUS - RESOLUÇÃO 41/18

No dia 23 de Novembro foi publicado no Diário Oficial da União a Resolução nº41 de 31 de Outubro de 2018, que dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS).
A resolução pactuada durante a 8ª Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), pode se acessada na íntegra clicando aqui.

Quimioterapia em spray é nova estratégia contra o câncer no peritônio


Dez pacientes com câncer no peritônio já receberam a terapia por meio de aerossol no Brasil; estratégia é alternativa na luta contra a doença

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Meu recado para quem descobre uma recidiva!

Queridas leitoras:
Algumas de nós, mesmo após o tratamento cirúrgico e quimioterápico, passamos pela recidiva! O câncer é algo muito particular e sua resposta ao tratamento depende de uma série de fatores inerentes à complexidade de cada organismo e das características de cada tumor! Dói bastante, no corpo e na alma, termos que enfrentar todo um tratamento novamente! Ficamos sem chão, desanimadas, sem forças, afinal, somos humanas, porém, somos muito mais fortes do que podemos imaginar! Temos tanta garra, tanta fé que desconhecemos! 
Essa jornada não é fácil, eu sei, mas se torna mais suave quando temos ao nosso lado, mesmo que virtualmente, pessoas que nos entendem, que vivenciam a mesma dor, as mesmas neuras, os mesmos temores e essa mesma vontade louca de continuar lutando pela vida!
Por isso criei um grupo virtual no Facebook, chamado Câncer de Ovário: Juntas Somos Mais Fortes, o qual tem ajudado muitas mulheres que enfrentam essa doença, pelo simples fato de saberem que não estão sozinhas!

Abraços fraternos!

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Penúltima químioterapia...

E hoje foi dia de Open Bar, com direito a camarote vip, pulseirinha e drink direto na veia (ou na véia?)! Quase sempre, aquele remédio que achamos ser mau é o que pode nos curar!
Ahhhh...Mesmo grogue, deu até para discutir política para passar o tempo! Tenho aversão ao PT e isso rende longas e calorosas discussões, até nos momentos mais inoportunos! kkkkkkk
QUINTA E PENULTUMA QUÍMIO!

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Como se vive com câncer


A primeira coisa a entender é que cada caso da enfermidade é muito particular, e o paciente deve evitar comparações com outros doentes, mesmo quando o tumor é no mesmo órgão.

O diagnóstico e o período de tratamento de uma das doenças que mais assustam a população envolvem não só o próprio paciente, mas todos os familiares que o cercam. Conviver com o câncer pode provocar, em todos, uma mistura e uma alternância de sentimentos – medo, raiva, irritação, esperança, frustração. Palavra carregada de estigma, câncer se associa quase de imediato a intenso sofrimento e morte! Mas isso não é verdade! Não se pode
generalizar. 

Cada caso é um caso, com suas especificidades, mesmo quando se trata de um tumor no mesmo órgão. A mulher que se descobre com um câncer de ovário não deve se comparar com a amiga que também tratou um nódulo no mesmo órgão!
As histórias não se repetem, essa é uma doença muito heterogênea na sua biologia, na sua gênese, e isso faz com que as evoluções clínicas e as histórias sejam também diferentes. Os médicos tem que discutir com o paciente o quanto o câncer é uma doença individual, o quanto ela depende de diversos fatores para que se possa estabelecer uma linha de tratamento!

Pacientes se comportam de maneiras distintas quando enfermos. Há aqueles que não querem muitas informações sobre sua condição e elegem um familiar para tratar dos detalhes com a equipe médica, enquanto outros pesquisam intensamente, querendo absorver tudo o que há disponível sobre o assunto. Existem também os que confiam plenamente no médico e seguem à risca o que é prescrito, sem maiores discussões. É comum os doentes pensarem que a situação em que se encontram é muito pior do que ela é de fato e que tudo está perdido. Uma postura positiva do profissional de saúde é fundamental para encorajar e dar esperança.

Não se trata de enganar, de mentir, mas analisar o problema com realismo, mostrar que tem muitas coisas a serem feitas, independentemente da situação, e quais são os reais objetivos! Cabe ao médico ouvir as queixas. O paciente vai ver que pode se aliviar, que os tratamentos podem não ser tão penosos quanto ele pensa.

A necessidade de exames, aplicações de medicação e internações certamente vai afetar a rotina do paciente. O objetivo é tentar a cura e minimizar sequelas com os tratamentos menos tóxicos possíveis – às vezes, uma toxicidade maior cobra seu preço no início, mas se mostra benéfica mais adiante. A ideia é, dentro do possível, permitir que a pessoa mantenha seus afazeres e compromissos habituais, mas reavaliações são feitas à medida que o tratamento se desenrola. Provavelmente, haverá dias ou semanas em que será impossível sair de casa para trabalhar, por exemplo.
Temos a ideia de que somos insubstituíveis, que não podemos parar nunca. Situações de doença mostram claramente que somos substituíveis, que temos o direito de cuidar de nós mesmos e que precisamos delegar coisas para os outros. É um momento também de crescimento pessoal. O ser humano luta contra a onipotência e a arrogância, e a hora da doença é o momento de um exercício até de humildade, de entender os nossos limites!

Uma das maiores dificuldades para quem se descobre com câncer é lidar com as incertezas, pois ainda há muito por ser desvendado sobre a doença. Diversas decisões são tomadas sem que o especialista saiba de fato que desfecho vai encontrar. Há pacientes que respondem muito bem a uma terapia e outros não, muitas vezes devido a fatores ainda desconhecidos.

Ao mesmo tempo, cada vez a medicina se apropria mais das particularidades das dezenas de tipos de câncer, aprimorando tratamentos e ampliando o acesso a novas tecnologias.  Há enfermidades curáveis e não curáveis – estas passam, em muitos casos, a ser encaradas como uma doença crônica, sendo possível viver com elas. O câncer não é mais a sentença de morte de outros tempos.
A doença e mantida sob  controle, eventualmente modificando a medicação ao longo do caminho ou escolhendo outro tratamento. Hoje, com algumas drogas novas e procedimentos é possível curar algumas doenças que antes não eram consideradas curáveis!



terça-feira, 2 de outubro de 2018

Cores e aromas...

Aos poucos a minha vida vai ganhando cores e aromas novamente...
Ainda estou em tratamento e, mesmo assim, tenho arriscado pequenas viagens em alguns finais de semana!
Estar em contato com a natureza me dá energia e ânimo para continuar seguindo em frente, e me faz crer que há motivos para que tudo realmente valha a pena!
É lindo viver!

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Nobel de Medicina premia americano e japonês por terapia contra o câncer

James P. Allison e Tasuku Honjo ganharam o prêmio de R$4 milhões nesta segunda-feira (01). Os cientistas descobriram um tipo de terapia contra o câncer que faz com que células de defesa do organismo voltem a atacar tumores.

G1 - Por Lara Pinheiro
James P. Allison e Tasuku Honjo são os ganhadores do Prêmio Nobel 2018 de Medicina. A Academia Sueca anunciou nesta segunda-feira (01) que o americano e o japonês irão dividir o prêmio de 9 milhões de coroas suecas, equivalente a R$ 4.098.402.
Os dois desenvolveram pesquisas, separadamente, sobre duas proteínas produzidas por tumores — a CTLA-4 e a PD-1 — que paralisam o sistema imune do paciente durante o tratamento de câncer.
"Os tumores produzem as proteínas, chamadas de checkpoints, que bloqueiam o linfócito T, que é a célula mais importante do sistema imune que ataca o tumor. Essas drogas [pesquisadas] retiram esse bloqueio e recuperam o poder de ataque dos linfócitos que estavam paralisados por essas proteínas", explica o oncologista Fernando Maluf, diretor associado do Centro de Oncologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O imunologista James P. Allison, 70, da Universidade do Texas, estudou a proteína CTLA-4. Ele descobriu que um bloqueio da proteína poderia retirar o freio sobre os linfócitos T, fazendo com que as células voltassem a atacar o tumor. Em 1994, Allison realizou o primeiro experimento em ratos, que ficaram curados após o tratamento.
Em 2010, um estudo clínico mostrou efeitos "impressionantes", segundo a Academia sueca, em pacientes com melanoma (um tipo de câncer de pele) avançado, que não haviam sido observados antes.
Já o imunologista Tasuku Honjo, 76, da Universidade de Kyoto, no Japão, estudou uma outra proteína, a PD-1, que também atuava sobre os linfócitos T, só que de forma diferente. Após experimentos em laboratório, um estudo realizado em 2012 também demonstrou eficácia em tratar pacientes com diversos tipos de câncer.
"Os resultados foram dramáticos, com remissão a longo prazo e possível cura em alguns pacientes com câncer metastático, uma condição que antes era considerada basicamente intratável", afirmou a Academia.
Os melhores resultados clínicos foram obtidos combinando os tratamentos com drogas que atuavam tanto contra a CTLA-4 quanto contra a PD-1, principalmente em casos de melanoma e câncer renal. "A outra pesquisa importante é agora combinar as imunoterapias entre si e as imunoterapias com quimioterapias ou com os agentes alvo-dirigidos", avalia Maluf.
Maluf explica que esse tipo de tratamento, a imunoterapia inibidora de checkpoints, já é utilizado em pacientes com câncer em estado avançado, no Brasil e no mundo, há cerca de quatro anos. No país, existe uma droga que bloqueia a CTLA-4 e outras cinco que atuam sobre a PD-1. Ele explica que, normalmente, são utilizadas em pessoas que não responderam a outros tratamentos.
"Essas drogas foram associadas a ganho de sobrevida global em tumores graves como melanoma, câncer de pulmão, de bexiga, de rim, de cabeça e pescoço, linfoma, tumores intestinais, de fígado, gástricos também. São drogas que hoje fazem parte do dia a dia em várias situações importantes com tumores graves e muito avançados" afirma. O oncologista explica que elas também trazem menos efeitos colaterais que a quimioterapia tradicional.
"Nós podemos curar o câncer com isso", afirmou Klas Kärre, membro do comitê do Nobel.
A Academia sueca considerou que o desenvolvimento clínico de estratégias de imunoterapia havia sido modesto até as descobertas de James P. Allison e de Tasuku Honjo, consideradas um marco no combate à doença. Cientistas já tentavam acionar o sistema imune para lutar contra o câncer há mais de 100 anos.
Tipos de tratamento contra o câncer: Nobel de medicina foi para descobertas em imunoterapia — Foto: Claudia Peixoto/Arte G1
Tipos de tratamento contra o câncer: Nobel de medicina foi para descobertas em imunoterapia — Foto: Claudia Peixoto/Arte G1
Segundo a agência alemã Deutsche Welle, Allison, que afirmou se sentir honrado com o prêmio, contou que não tinha a intenção de estudar o câncer, mas de "compreender a biologia das células T, essas células incríveis que viajam pelo nosso corpo e trabalham para nos proteger". O professor agradeceu a "uma série de estudantes de graduação, companheiros de pós-doutorado e colegas no MD Anderson".
Também de acordo com a agência, Honjo disse que o que mais lhe agrada é ouvir dos próprios pacientes que conseguiram se recuperar de doenças graves em razão de suas pesquisas. O imunologista afirmou que deseja continuar com os estudos para salvar um número ainda maior de pessoas. Ele agradeceu seus colegas, estudantes e familiares que o apoiaram durante a realização da pesquisa.
Outras pesquisas relacionadas ao tratamento da doença já haviam sido vencedoras do Nobel de Medicina: tratamento hormonal contra câncer de próstata (1966) , quimioterapia (1988) e transplantre de medula para tratar leucemia (1990).

sábado, 11 de agosto de 2018

Terapias alternativas auxiliam no tratamento oncológico?

Logo após o primeiro tratamento, quando as reações adversas das químioterapias já estavam afetando muito a minha qualidade de vida, resolvi procurar algumas terapias alternativas que pudessem amenizar os efeitos colaterais.
Nesses 7 anos lidando com o câncer, experimentei várias técnicas, como massagens relaxantes, Reiki, acupuntura e fitoterapia.
Inclui também a pratica de exercícios físicos em minha rotina diária.
Creio e pude comprovar que as terapias holísticas possam atuar no corpo  mente e espírito, e auxiliam sim no tratamento oncológico, mas sem deixar de lado o tratamento médico convencional. Tais tratamentos, em casos de doenças crônicas, não visam a cura, mas sim amenizar os sintomas e proporcionar um maior bem estar e qualidade de vida!
Estou em tratamento quimioterápico (doxorrubicina + carboplatina) mas não tenho sentido aquelas dores terríveis nos ossos, enjoô, queda de imunidade, somente algumas outras reações que tenho controlado com medicamentos! Continuo com a acupuntura e auriculoterapia e percebo o maravilhoso efeito positivo que tais tratamentos me proporcionam.

sábado, 7 de julho de 2018

Psicossomática: o corpo fala!

Fui diagnosticada com um câncer de ovário em estágio avançado em 2011 e, desde então, tive recidiva 2 vezes: em 2015 e novamente em 2018.
Tenho plena convicção que questões emocionais, principalmente traumas de infância,  foram um gatilho para esse câncer, mas me pergunto o porquê desse círculo vicioso...será que persiste em minha vida o conflito que desencadeou tudo isso ou será meramente uma questão genética?
Essa questão é um dos meus devaneios...
Alguns estudiosos costumam dizer que um dos maiores influenciadores do câncer seja a auto-culpa! Uma hipótese: culpar-se por tudo e todos! Pensando bem, sou mesmo assim...
Dizem que, entre o processo cancerígeno, traumas relacionados a culpa ou mágoas profundas vão dominando toda a estrutura psíquica e assim a pessoa acaba entrando em um processo auto-destrutivo! O local onde os tumores surgiram, também pode nos falar mais sobre o trauma! Ovários: capacidade, no sentido amplo, de criar, um filho ou idéias!
Bom, talvez eu nunca venha a ter qualquer resposta...
Ao menos já sei que não devo sentir -me culpada por tudo...o auto perdão já é um grande passo!


quinta-feira, 17 de maio de 2018

Vida normal sem o baço?

«As pessoas sem baço podem levar uma vida normal e saudável, precisando apenas tomar algumas precauções».  Tendo o baço quatro funções importantes como a filtragem do sangue, a função imunológica (criar defesas), ser reservatório de sangue e a criação de elementos do sangue (hematopoiética), após a sua remoção cirúrgica (esplenectomia), o espaço é ocupado pelos órgãos vizinhos (estômago, cólon e grande epíploo).

«As suas funções são igualmente assumidas por outros órgãos (como, por exemplo, o fígado)» «No entanto, durante os dois primeiros anos após a cirurgia, existe um risco acrescido de infeções. Por isso, antes ou após a cirurgia (conforme os casos), devem ser feitas as vacinas indicadas nesta situação, dirigidas para as bactérias encapsuladas (Pneumococcus, Meningococcus e Haemophilus influenza B), de acordo com as indicações do cirurgião», acrescenta ainda o especialista.

Importante, ainda, que estes pacientes tomem anualmente a vacina antigripal. Vale sublinhar que em alguns casos específicos (como nas crianças), pode ser necessário realizar antibioterapia de longo curso. «Caso se extraia o baço (esplenectomia), o corpo perde parte da sua capacidade para produzir anticorpos e para eliminar bactérias do sangue. Por conseguinte, a capacidade do corpo para combater as infeções encontra-se reduzida», refere o Manual Merck, uma publicação de saúde online.

«Ao fim de pouco tempo, outros órgãos (principalmente o fígado) aumentam as suas defesas para compensar esta perda, pelo que o risco de infeção não dura toda a vida», pode ainda ler-se. O baço, que produz, controla, armazena e destrói as células sanguíneas, «é um órgão esponjoso, liso e de cor púrpura, quase tão grande como o punho. Está localizado na parte superior da cavidade abdominal, mesmo por baixo das costelas, no lado esquerdo», descrevem ainda!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Estou de volta...

Olá leitores, cá estou eu de volta!
Passei por nova cirurgia em 20/04  e foram 3 dias na uti e mais 17 dias de internação devido a uma fistula que surgiu no pâncreas em razão da retirada do baço. Mais uma vez, o Dr. Carlos Faloppa e sua equipe foram fantásticos e eu só tenho a agradecer por todo o cuidado!
Só dei azar em ter tido essa complicação pós-ciruŕgica e, devido a ela, a recuperação está sendo lenta e difícil...ainda estou com 2 drenos, sinto alguma dor, mas os piores momentos já passaram.
Essa semana terei consulta com o oncologista para definir a quimioterapia que receberei dessa vez!
Não é nada fácil essa luta, mas sigo em frente, com a esperança de que esse intruso desse câncer não voltará a aparecer!
Deus me livre desse mal!

quarta-feira, 28 de março de 2018

Lá vou eu para mais uma cirurgia!

Olá queridos leitores, tudo bem com vocês?
Notícias do fronte:
Passei com o meu anjo cirurgião, Dr. Carlos Faloppa, no último dia 20/03! Ele me disse que será sim necessária uma nova cirurgia, porque dessa vez o tumor está no baço e no peritônio! Ele já queria me operar amanhã, mas eu disse nãooooo! Expliquei a ele que tenho uma viagem agendada e ele me pediu para cancelar. Novamente, eu disse NÃO, que iria viajar de qualquer jeito, pois senão iria surtar e que depois a gente operaria!
Ele, finalmente, concordou e deixamos agendada a cirurgia para o dia 20 de abril!
A quimio ainda não foi definida! Só depois da biópsia!
E assim vamos caminhando!
Estou bem otimista e sigo com a confiança de que tudo já deu certo, pois estou em um dos melhores hospitais e tenho verdadeiros anjos cuidando de mim...
Beijos a todos vocês!

sábado, 17 de março de 2018

Recidiva, de novo?

Mais uma vez o câncer apareceu. Essa é a segunda recidiva!
Sei que terei que passar por todo o processo novamente, mas é como dizem: enquanto há vida há esperanças.
Mas afinal, todos sabem o que é uma recidiva?
A notícia do diagnóstico de um câncer é, sempre, dolorosa e cheia de dúvidas e medos, ao contrário do momento em que se descobre que a doença está curada. No entanto, pessoas que já tiveram qualquer tipo de tumor apresentam maior chance de ter de lidar com o câncer outra vez. Ainda não se sabe, exatamente, a causa desse fenômeno, mas acredita-se que ele decorra de alterações imunológicas e/ou predisposições genéticas individuais. Esse evento é chamado de recidiva do câncer.
Recidiva, ou recorrência, significa “está acontecendo novamente”. É quando o paciente trata um câncer e, algum tempo depois, a doença volta a se manifestar.
A recidiva pode acontecer pouco ou muito tempo depois da cura do primeiro tumor e exige, do paciente, uma nova perspectiva em relação à patologia e ao tratamento. Isso porque, infelizmente, quando o câncer retorna ao organismo, muitas vezes, as novas células cancerosas já se desenvolveram com defesas contra as terapêuticas empregadas na primeira vez, ou seja, tornaram-se resistentes.

Locais e características da recidiva do câncer

Geralmente, a recidiva do câncer se inicia a partir de células que foram liberadas pelo antigo tumor, espalharam-se pelo corpo através da corrente sanguínea ou linfática e permaneceram inativas por um tempo, até que voltaram a crescer.
Os tipos de câncer variam em sua capacidade de recidivar e nos locais em que isso pode acontecer. Por isso, a recidiva pode ser classificada em locorregional e metastática.
Quando o câncer retorna, exatamente, no mesmo lugar de origem ou quando envolve linfonodos ou tecidos próximos do primeiro tumor, a recidiva é chamada de locorregional. Quando a doença se dissemina para órgãos ou tecidos distantes do tumor original, a recidiva é chamada de metastática à distância.
Existe uma grande diferença entre esses dois grupos, porque o paciente com recidiva locorregional é, potencial e frequentemente, curável. Pode-se dizer que o tratamento, nesse caso, é realizado como uma segunda tentativa de cura. Na metastática, por outro lado, a ideia é, muito mais, de controle da doença.
No entanto, vale afirmar que, atualmente, com a extensa disponibilidade de medicamentos e procedimentos que podem controlar o câncer a longo prazo, os médicos são mais otimistas em relação à cura de metástases, principalmente, quando se trata de uma isolada.

Tratamento da recidiva do câncer

Quando há a recidiva do câncer, depois do choque e da frustração, a primeira pergunta do paciente é, geralmente, se o tratamento fará efeito novamente. A estratégia a ser utilizada é definida levando em conta os mesmos fatores considerados na primeira manifestação da doença: tipo de tumor, tamanho, localização e estado geral de saúde da pessoa.
Muito provavelmente, a terapêutica, agora, será mais intensa do que na primeira vez. De qualquer maneira, é importante lembrar que você já conhece a doença, aprendeu a conviver com ela e sabe que pode suportá-la.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Os nossos genes podem ajudar a prever como as mulheres respondem ao tratamento do câncer de ovário?

A pesquisa mostrou que os genes que herdamos podem ter um impacto significativo na forma como o corpo processa medicamentos de quimioterapia, o que pode levar a diferentes resultados clínicos para pacientes com câncer de ovário.
O pesquisador principal, liderado pela professora Anna deFazio, do Westmead Institute for Medical Research e Westmead Hospital, disse que esta descoberta pode ajudar os médicos a prever quais pacientes responderão positivamente à quimioterapia.
"A quimioterapia e a cirurgia são o tratamento padrão para mulheres com câncer de ovário, mas cada paciente responde de forma diferente.
"Queríamos saber por que algumas mulheres respondem muito positivamente ao tratamento, enquanto outras sofrem sérios efeitos colaterais, e algumas têm uma resposta fraca", explicou o professor deFazio.
"Nós nos propusemos entender quais fatores genéticos influenciam como um paciente processa quimioterapia".
"Nossa pesquisa mostrou que um gene chamado ABCC2 desempenha um papel crítico na eliminação da quimioterapia do corpo. ABCC2 é um transportador de drogas, o que significa que ele bombeia uma variedade de substâncias diferentes das células.
"Descobrimos que as variantes deste gene estão associadas a elevadas taxas de eliminação de drogas, o que significa que eles expulsam medicamentos de quimioterapia do corpo rapidamente e podem fazer com que o tratamento seja menos efetivo.
"Isso pode explicar por que a quimioterapia é um tratamento eficaz para algumas mulheres, mas não para os outros", disse ela.
O professor deFazio disse que esses últimos resultados de pesquisa são um passo importante para obter melhores resultados para os pacientes.
"Agora que estamos começando a entender o papel do gene ABCC2 e outras novas variantes de genes que foram identificadas nesta pesquisa, podemos trabalhar para o desenvolvimento de tratamento personalizado para o câncer para pacientes", concluiu o professor deFazio.
O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais letal e é a sexta causa mais comum de morte relacionada ao câncer em mulheres no mundo ocidental.
Fonte do relato:
Materiais fornecidos pelo Westmead Institute for Medical Research . Nota: O conteúdo pode ser editado para estilo e comprimento.

Referência de revista :
  1. Bo Gao, Yi Lu, Annemieke JM Nieuweboer, Hongmei Xu, Jonathan Beesley, Ingrid Boere, Anne-Joy, M. de Graan, Peter de Bruijn, Howard Gurney, Catherine J. Kennedy, Yoke-Eng Chiew, Sharon E. Johnatty, Philip Beale, Michelle Harrison, Craig Luccarini, Don Conroy, Ron HJ Mathijssen, Paul R. Harnett, Rosemary L. Balleine, Georgia Chenevix-Trench, Stuart Macgregor, Anna de Fazio. Estudo de associação de paclitaxel e carboplatina em mulheres com câncer de ovário epitelial . Relatórios científicos , 2018; 8 (1) DOI: 10.1038 / s41598-018-19590-w

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

As marcas deixadas pelo ca de ovário! Somos feitas de cicatrizes e de gratidão...

O câncer de ovário chega sorrateiro e, na maioria das vezes, sem qualquer sintoma! Por ser de difícil diagnostico, mais de 70% das mulheres acometidas por esse tipo de câncer o descobrem em estágio já avançado!
O tratamento, para esses casos, requer cirurgias de grande porte, pois não são retirados somente os ovários como a maioria das pessoas pensam!
Não é fácil lidar com o câncer de ovário! As marcas são grandes, tanto na pele, quanto na alma, mas nossas cicatrizes nos fazem lembrar que nos foi dada uma nova chance de viver!
Perguntei para as minhas amigas do grupo de ca de ovário o que a cicatriz representa em suas vidas! Compartilho com vocês as respostas de algumas delas, inclusive a minha:

Nanci - "Impossível olhar para ela e não me lembrar de tudo pelo que passei! O medo, as dores, as incertezas, as químios, a dura recuperaçao, a impossibilidade de gerar um filho...mas também me traz uma grande admiração, por eu ser uma daquelas que luta e traz consigo as marcas de grandes batalhas e grandes vitórias!"
Damaris - "Minhas cicatrizes da cura! Duas cirurgias em menos de um mês e meio. Não me incomodam em nada, nem física e nem visualmente. Lembro de todo processo com gratidão!"Vanessa - "Eu demorei uns dias para conseguir olhar a minha barriga sem umbigo. Era muito estranho. A questão não é o estético. É a quebra de um padrão e como lidar emocionalmente com isso. Depois de um tempo fui aceitando e me aceitando. Escutar dos outros: o que importa é que você está bem e umbigo não serve para nada não é nada acolhedor e empático. Nossas dores são nossas dores e só quem passa por algo semelhante consegue entender um pouco, mas nunca saberá exatamente o que o outro sentiu."Luciana - "Amo minha cicatriz de paixão, é meu troféu!"Yolanda - "la cicatriz es lo q menos me preocupa, igual q el pelo con la quimioterapia, lo mas importante para mi es q no se vuelva a repetir y no tener secuelas fisicas incapacitantes, lo demás, lo estetico, es mas llevadero..."Adriana - "toda vez que a olho tenho a sensação de renovação em minha vida. Gratidão."Carmem - "Para mim essa cicatriz é um medalhão de honra ao mérito. Eu venci duas batalhas contra o câncer!"Wandy - "Representa minha vitoria! No começo, eu tinha vergonha mas logo percebi q n temos que ter vergonha e sim orgulho pois significa que somos mais que vencedoras!"Arielle -  "Eu me dou muito bem com minha cicatriz, mas atualmente tô tentando dar uns jeitinhos nela esteticamente. 7 meses. Como já é a terceira, ficou horrível."Andrea - "Minha cicatriz também não incomoda...essa não...mas a cicatriz da alma..."Josilaine - "Estas são as "minhas" marcas. Não tenho muito problema com elas não. Elas não me incomodam. Mas para mim elas são um grande sinal: me faz lembrar das pessoas que hoje estão passando por tudo o que passei, com isso me sinto mais solidária ao sofrimento delas, como se uma parte de mim estivesse com elas... enfim, algo que não consigo explicar direito, mas que é algo assim. Essas marcas também me deixam mais alegre e com um sentimento de gratidão por hoje estar viva, podendo tentar viver cada dia melhor. Agora, o que me incomoda mesmo são as pessoas me olhando, com um grande ponto de interrogação estampado no rosto. Isso me deixa meio envergonhada, pois sou meio tímida. Por conta disso, evito ir à praia, por exemplo, com a barriga à mostra. Biquíni somente na piscina, em locais particulares."Nádia - "Minha cicatriz já tem uns anos (18) mas é minha amiga, com ela aprendi a ver o mundo e muitas pessoas com outros olhos, tive muita ajuda mas tbm muita gente me julgou na época, hoje não faz diferença o importante é que venci."Rose - "A minha eu acho que ficou bem feitinha!!! Não me envergonho dela. Graças a Deus já esta indo para 11 anos e até agora o intruso não voltou."Carol - "Tenho três, uma já sumiu. Todas minhas cirurgias foram finalizadas com técnicas de cirurgia plástica. Elas me fazem lembrar de momentos doloridos fisicamente, renascimento e a necessidade de resignificação da minha vida todos os dias. Esteticamente, não me incomodam. Gosto de compartilhar minha história, e elas são o "complemento".Patrícia - "No começo foi difícil olhar pra ela, cheguei a evitar me olhar no espelho nua pra não ver uma marca que me fazia lembrar o quanto foi dolorosa uma fase da vida. Mas hoje, eu tenho um amor tão grande por ela, pq entendi e aceitei que, se estou viva hoje ela é parte disso. Minhas marcas são partes do meu milagre. É difícil vc carregar uma marca tão grande, mexe muito com a nossa vaidade e auto estima, mas o mais importante é saber que essa marca nos salvou. Diante dela, carreguei uma frase pra minha vida que resume quem eu me tornei; SOU FEITA DE CICATRIZES E GRATIDÃO."
Muito orgulho de todas essas meninas...a cada dia, um novo aprendizado!














Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...