sábado, 11 de novembro de 2017

A.C.Camargo Cancer Center e Institut Curie firmam acordo de colaboração para pesquisa do câncer e os primeiros alvos são os sarcomas e radioterapia

Acordo de colaboração científica entre o A.C.Camargo Cancer Center e um dos principais centros europeus de pesquisa do câncer, o Institut Curie, que traz o nome da cientista Marie Curie, responsável pela descoberta dos efeitos da radioatividade e única mulher a receber dois prêmios Nobel.  Os primeiros estudos abrangerão sarcomas e radioterapia. A iniciativa contemplará colaboração em pesquisa,  intercâmbio e treinamento de médicos, residentes e cientistas.
Dois dos principais centros de pesquisa do câncer no mundo, o A.C.Camargo Cancer Center, de São Paulo, e o Institut Curie, da França, assinaram na capital paulista, em 31 de outubro, um acordo que prevê colaborações de pesquisa, intercâmbio e treinamento de médicos, residentes e cientistas. Representando a instituição francesa estiveram presentes a diretora do Serviço de Sarcomas e Tumores Complexos, Sylvie Bonvalot e o diretor de relações institucionais, Pierre Anhoury. Representando o A.C.Camargo, estiveram a cientista e Superintendente de Pesquisa, Vilma Regina Martins; o cirurgião pélvico e vice-presidente, Ademar Lopes, e o oncologista clínico, Celso Abdon de Mello. O consulado francês foi representado por Gerard Perrier responsável pela área de Ciência e Tecnologia do Consulado Geral da França em São Paulo.
SARCOMAS - Os sarcomas são caracterizados como uma doença heterogênea, sendo divididos em cerca de 70 subtipos. São tumores que podem acometer qualquer uma das estruturas denominadas como partes moles, caso dos músculos, gordura, tendões e nevos periféricos, que são áreas que representam cerca de 50% de todo o peso do corpo humano. Além disso, pode acometer também os ossos, os osteosarcomas.
O estudo dos sarcomas é uma das linhas estratégicas de pesquisa do A.C.Camargo e do Institut Curie, que tem o intuito de buscar avanços para diagnóstico precoce e tratamento desta doença. "Vamos iniciar a parceria por meio de estudos relacionados aos sarcomas, que é uma das áreas na qual somos reconhecidos como um centro de excelência. Recebemos um grande número de pacientes com esta doença, o que nos permite desenvolver estudos clínicos, moleculares e epidemiológicos", destaca Vilma Martins.
De acordo com a cientista, a união do conhecimento científico dos dois centros de pesquisa do câncer deverá proporcionar inovação e maior eficácia no diagnóstico e tratamento deste tão complexo grupo de doenças e também a colaboração para outras linhas de pesquisa que serão agregadas futuramente. "Além disso, com o intercâmbio e treinamento de médicos, residentes e cientistas, pretendemos ampliar ainda mais o nosso nível de excelência na abordagem clínica e científica e as melhores práticas no manejo dos pacientes", ressalta Vilma Martins.
RADIOTERAPIA - Outra importante linha de pesquisa da primeira fase do acordo entre A.C.Camargo e Institut Curie envolve o avanço do setor de Radioterapia. O A.C.Camargo, detentor do nível máximo de Acreditação pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas (ONU), se unirá ao centro francês nesta que é considerada a área responsável por seu nascimento. Isso porque, o Institut Curie leva o nome da cientista polonesa naturalizada francesa, Marie Curie, que foi a responsável por isolar os elementos químicos polônio e rádio, além de descrever os efeitos da radioatividade, inclusive a sua aplicação clínica.
Englobando sarcomas e radioterapia, o Centro Internacional de Pesquisa (CIPE) do A.C.Camargo Cancer Center, e seus cientistas especialistas em Biologia Tumoral, Vilma Martins, Tiago Goss, Glaucia Hajj e Ludmilla Chinen, de Genômica e Biologia Molecular, Dirce Carraro, de Epidemiologia, Maria Paula Curado, da Bioinformática,  Israel Silva, e da Patologia Investigativa, Isabela Werneck da Cunha. Participarão também os cirurgiões oncologistas, Ademar Lopes e Samuel Aguiar Junior do departamento de Tumores Colorretais e Sarcomas, da Radioterapia, Antônio Cássio Pellizzon e da Oncologia Pediátrica, Cecilia Costa. "Pretendemos estender o escopo desta colaboração a diversas áreas e especialidades do A.C.Camargo", acrescenta Vilma Martins.
Os projetos serão estruturados e alguns já possuem financiamento previsto por meio do programa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), co-financiado pela FAPESP e CNPq. O A.C.Camargo coordena o INCT de Oncogenômica e Inovação Terapêutica (INCITO-INOTE). Além disso, são previstos investimentos advindos da própria Instituição, assim como de outras fontes de fomento nacionais e internacionais.

Sobre o Institut Curie

O Institut Curie é uma fundação privada sem fins lucrativos criada por Marie Curie, única mulher duas vezes ganhadora do Prêmio Nobel, em 1909. É dedicado à pesquisa, ao ensino e à assistência. É o princial centro de referência francês na luta contra o câncer. 
Localizado em um dos centros de pesquisa mais famosos do mundo, onde está também um hospital de alta tecnologia, classificou-se em número 1 no tratamento de câncer de mama, tumores oculares, câncer pediátrico e sarcomas.
Ele oferece a maior plataforma de radioterapia com 12 aceleradores e um centro de protonterapia classificado como número 4 em todo o mundo. Mais de 50.000 pacientes são admitidos todos os anos.
Mais de 3.400 pesquisadores, médicos e cuidadores trabalham no Instituto. Em 2016, eles publicaram mais de 700 artigos em revistas de revisão de pares.

Hoje, ela se foi!


Quando descobri o câncer de ovário, em 2011, ansiava por informações e por sobreviventes! A única pessoa que encontrei, na época, que tinha tido ca de ovário em 2010, foi a Marcia Cabrita! Ela tinha um blog chamado Força na Peruca e,  através desse blog, tentei contato com ela algumas vezes, mas ela nunca respondeu! Talvez, se ela tivesse respondido, eu nunca teria criado esse blog e o grupo Juntas Somos Mais Fortes, que mantenho no Facebook, pois o silêncio da Marcia me impulsinou a uma busca frenética por sobreviventes! Não queria que mais ninguém com esse assustador diagnóstico ficasse no vácuo, ou no limbo, como eu estava! Sozinha!
Nesses anos todos, conheci mulheres incríveis, solidárias, amigas de coração! Muitas dessas espetaculares e anônimas mulheres que encontrei, e que tive o imenso prazer em conhecer, já partiram, mas muitas outras continuam e continuarão firmes e fortes, se Deus quiser, dando força umas para as outras, pois juntas, sempre seremos mais fortes!
Descanse em paz Marcia Cabrita!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A verdade é que nem sempre sabemos lidar com a verdade!!

Sempre detestei mentir, mesmo quando necessário e, mais ainda, odeio que mintam para mim, principalmente quando menosprezam a minha inteligência! Mas quando dizem a verdade, bem  " na lata" mesmo,  acaba incomodando também!
Na semana passada, passei com um novo oncologista, pois minha médica anterior não mais voltará a atender na unidade onde eu passo em consulta, depois da sua licença maternidade!
O motivo da consulta era para eu saber se eu iniciaria o tratamento com o Olaparibe, após a recente descoberta da minha mutação genética BRCA1. Esse médico achou melhor eu não iniciar o tratamento depois de 14 meses em remissão. Disse: "quando o ca voltar a gente usa! vc sabe que as chances de voltar são altas não é? Vc tem uma doença crônica, já teve recidiva, hoje você esta bem mas amanhã pode não estar e a gente vai controlando..."
Fiquei na frente dele com cara de paisagem ouvindo tudo aquilo.
Uauuuuuuu...Para ele pode ser fácil falar, mas para mim, mesmo sabendo disso tudo, é difícil ouvir!
A verdade é que nem sempre sabemos lidar com a verdade....Tampouco sabemos o que nos reserva o futuro!

Sobre o uso de cinta após cirurgia citorredutora

Normalmente, quando as opiniões entre médicos variam muito, é porque não existe uma resposta certa. Infelizmente, não existe evidência científica para o uso da cinta. Normalmente, oriento as pacientes de citorredução (cirurgia grande com aquela incisão no meio do abdome) a usarem por 60 dias, começando logo após a cirurgia. É nesse período que ocorre praticamente toda a cicatrização. Então se você não tiver uma hérnia nesse período, é muito difícil que tenha depois. O objetivo não é estético, é basicamente para evitar hérnias. O problema é que a maioria das pacientes não são orientadas sobre o uso da cinta. E acabam usando a cinta muito apertada! Não façam isso! A cinta apertada é usada nas cirurgias estéticas, para ajudar no modelamento. Apertar demais a cinta causa dor, restringe a alimentação, dificulta a respiração e pode até favorecer infecções respiratórias. Não existe uma regra de quanto você deve apertar a cinta. A sugestão é usar a cinta de maneira que ela fique "firme", mas não apertada. A cinta acaba deixando as pacientes mais seguras para caminhar e realizar outras atividades e isso é muito importante na recuperação.
Dr. Reitan Ribeiro

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Mulher vence o ca de ovário e tem filha após os 40 anos

22/10/2017 - 17h43
Reprodução/BBC

Quando Alison Farmer foi diagnosticada com câncer de ovário, aos 40 anos, sua primeira preocupação não foi com sua vida. "Eu nem pensei que poderia morrer. O que mais me preocupava era a possibilidade de não poder mais ter um filho", diz ela.

"Pode parecer estranho, mas era mais importante do que minha vida", afirma.

Quando descobriu a doença, o único sintoma que a britânica apresentava era um pouco de sangramento no meio do ciclo menstrual.

"Meu clínico geral disse que toda mulher tem um pouco. Mas não era normal para mim - e eu acho que é realmente importante que qualquer sintoma ginecológico seja investigado se não é normal para você", conta.

Ela então foi encaminhada para um ginecologista e fez uma histeroscopia e um ultrassom - que encontrou um pequeno tumor em estágio inicial de crescimento.

Alison, que é enfermeira, diz que só foi capaz de pressionar os médicos para que eles pedissem exames porque é "enfermeira e muito segura". Mas ela afirma que todas as mulheres devem insistir em ter sintomas incomuns investigados.

"Se não é normal para você, seja insistente", diz ela.

Dependendo do tipo e do estágio do câncer de ovário, as mulheres podem ser aconselhadas pelos médicos a retirar o útero, o colo do útero, os ovários, as tubas uterinas e o omento (uma película que protege os órgãos abdominais).

Sonho realizado
Mas Alison queria manter o útero pois sonhava em engravidar. Sua sorte foi que sua doença foi diagnosticada em um estágio inicial - o que facilitou o combate ao câncer e permitiu sua total recuperação.

Mesmo assim, ela teve que fazer uma cirurgia e retirar os ovários, as tubas uterinas e o omento.

"Meu cirurgião - que era oncologista ginecológico - foi maravilhoso. Ele disse: 'Eu sei que você ainda tem a esperança de ter um filho. Embora normalmente eu não recomende isso, vou te oferecer essa opção'. Alguns cirurgiões teriam dito: 'Vamos tirar tudo'", conta Alison.

Dois anos depois, com ajuda médica, ela engravidou de sua filha Phoebe, que hoje tem 13 anos.

"Eu fiquei completamente maravilhada", diz Alison.

Annwen Jones, diretora da ONG britânica Target Ovarian Cancer - que visa combater a doença - diz que dois terços das mulheres são diagnosticadas em um estágio avançado, depois que o câncer já se espalhou. Isso dificulta o tratamento.

"Precisamos que mais mulheres estejam cientes dos sintomas do câncer de ovário para que elas sejam diagnosticadas antes. Também precisamos de mais investimento em pesquisa desse tipo específico de câncer", diz ela. A entidade está fazendo campanha para aumentar a pesquisa.

"Isso vai transformar as vidas de milhares de mulheres que lutam conta a doença", diz Jones.

Se tiver esses sintomas, procure um médico:
Inchaço persistente
Perda de apetite - ou sentir-se cheia com pouca comida
Dor pélvica ou abdominal
Vontade de ir ao banheiro com mais frequência
Outros sinais podem incluir:

Diarreia ou intestino preso
Sentir mais cansada que o habitual
Perda de peso sem causa aparente
Esses sintomas precisam ser checados principalmente se:

Acontecem mais do que 12 vezes em um mês
Duram por muito tempo
Não são normais para você
E qualquer tipo de sangramento após a menopausa deve ser investigado pelo seu ginecologista

Fonte:Target Ovarian Cancer




Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...