terça-feira, 4 de novembro de 2014

9 perguntas e respostas sobre o câncer de ovário

Só em 2014, cerca de 5.600 brasileiras devem receber esse diagnóstico. Saber mais sobre essa doença pouco falada e tão traiçoeira é fundamental.

Atualizado em 22/10/2014Christiane Ferreira e Katia Geiling - Edição: MdeMulherConteúdo ANAMARIA
A doença pode atingir mulheres de qualquer idade, mas é mais comum a partir dos 40 anos.
Foto: michaeljung/Thinkstock/Getty Images

1. Quais os fatores de risco?

História familiar de câncer de ovário ou de mama, não ter tido filhos ou nascimento do primeiro após os 35 anos; obesidade, endometriose, tabagismo, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal.


2. Quem tem síndrome do ovário policístico deve se preocupar?

Não há relação entre ovários policísticos e câncer de ovário. A síndrome, de origem hormonal, atinge 15% das mulheres em idade reprodutiva e tem sintomas como irregularidade menstrual, aumento dos pelos, da oleosidade e da concentração de gordura corporal.


3. Como é o diagnóstico?

Durante a consulta, o médico faz perguntas sobre o histórico da mulher e de seus familiares. No exame pélvico, o ginecologista sente se há aumento nos ovários e sinais de líquido no abdome. Se ele desconfiar de algo, pede exames complementares.


4. Que exames podem detectá-lo?

Há o ultrassom pélvico e a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 (80% das mulheres com câncer de ovário apresentam CA 125 alto).


5. Quais os sintomas mais comuns?

Inchaço, dor pélvica, dificuldade de comer ou sensação de plenitude, necessidade urgente e frequente de fazer xixi podem ser alguns dos sintomas. No entanto, esses sinais também podem estar relacionados a outras doenças, como infecção urinária. A mulher que apresentar esses sintomas quase todos os dias ou por mais de algumas semanas deve procurar o ginecologista.


6. Dá para se proteger?

É importante ter hábitos saudáveis, evitar a obesidade e o tabagismo, além de praticar exercícios. Gravidez, amamentação, laqueadura tubária e retirada de ovários e tubas uterinas também oferecem proteção.


7. Tomar pílula pode prevenir esse tipo de tumor?

Sim. Quando utilizada por cinco anos ou mais, a combinação de estrogênio e progesterona presente em algumas pílulas pode diminuir as chances de câncer ovariano. O efeito continua mesmo depois que se interrompe o uso.


8. A terapia de reposição hormonal agrava os riscos?

A terapia de reposição hormonal (TRH ou TH), feita em mulheres que não têm mais ovulação, pode aumentar de forma discreta o risco de desenvolver o câncer do ovário, mas, como se trata de uma doença rara, é difícil ter a real dimensão de qual seria esse risco.


9. Como é o tratamento da doença?

Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo. Alguns fatores são decisivos na escolha para cada caso, como o estado geral de saúde da paciente e se ela ainda planeja ter filhos.

Fontes: Sérgio Mancini Nicolau, chefe de oncologia ginecológica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Rodolfo Stru-faldi, professor de ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC.

2 comentários:

  1. Uma amiga teve câncer epitelial nos ovarios o tratamento foi feito e correu tudo bem, mais ha alguns dias ela esta sentindo ardência nas costas e ao urinar, e descobrimos q os níveis de tireóide estão altos e o CA125 esta 631U/ml. O câncer pode ter voltado?

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    Respostas
    1. Laressa, bom dia:
      O meu médico me disse que o CA 125 é um exame muito sensível para indicar recidiva, mas se o de sua amiga está tão alto, convém que ela efetue uma tomografia, pois o ca 125 sozinho não é evidência absoluta da ausência ou presença de doença malígna.
      Boa sorte.

      Nanci

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