quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Lidando com a autoestima pós-tratamento...




Está difícil perder os quilos a mais que ganhei depois do tratamento...
Já faz mais de um ano e dois meses que terminei as quimios e não consigo emagrecer de jeito nenhum, mesmo praticando pilates duas vezes por semana e fazendo dieta. Acredito que a insuficiência hormonal esteja contribuindo para esse ganho de peso!
Conclusão: nunca me senti tão fora de forma, ou melhor dizendo, nunca me senti tão na forma REDONDA! rsrsr (rir para não chorar)! Isso mexe com a autoestima da gente! 
Hoje, comentando isso com um grupo de colegas no trabalho, um colega meio sem noção chegou a comentar: - Imagina, você ainda está pegável! (corei na hora) rsrs
Minha nossa, PEGÁVEL?????? Não sei muito bem o que isso significa, mas prefiro encarar como um elogio, não é? rsrs

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vem chegando o verão...e a minha agonia também!


Dois dias de calor intenso em São Paulo já bastaram para me transformar  num verdadeiro caco! Os fogachos voltaram com força total, sinto como se eu estivesse em chamas, e duas noites mal dormidas já foram suficientes para me deixar bem mal humorada!
No trabalho então, nem se fale, mesmo com o ar condicionado ligado, os fogachos estão implacáveis e fico molhadinha de suor, sem contar que o incomodo é enorme. O pior de tudo é que eu não posso efetuar a reposição hormonal e o medicamento que eu estava tomando para os fogachos, o Amato, não está surtindo o mesmo efeito de outrora! Nem o uso de roupas leves, bebida gelada, ou outro recurso tem adiantado! Li que a menopausa cirúrgica (que é o meu caso) costuma ser bem pior do que a menopausa convencional, pois quando se tem os ovários, mesmo após a menopausa, os mesmos continuam liberando uma pequena quantidade de hormônios, já no meu caso ...
Fico imaginando o que será de mim até o final do verão... Afiiii!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A vida de um paciente oncológico é como uma viagem de montanha russa!


Olá leitores, tudo bem com vocês?
Esta semana estive em consultas no AC Camargo e um dos exames me deixou com uma pulguinha atrás da orelha! A tomografia constatou uma imagem nodular de 7 mm em meu abdômen, a qual deverá ser  acompanhada e, por esta razão, terei que repetir os exames em dois meses!
Durante a minha consulta com o Dr. Carlos Faloppa, enquanto aguardávamos o sistema onde está meu prontuário funcionar, falamos de nossa paixão comum por montanhas russa e isso me fez pensar em redigir um texto, criando  uma comparação da vida do paciente com câncer com  uma viagem de montanha russa. Segue aí o texto:

“Embarcamos nessa viagem contra a nossa vontade e transformamos o friozinho na barriga em coragem para seguirmos em frente nessa jornada alucinante!
Não há tempo nem para nos prepararmos e lá vamos nós com as nossas fobias, pantofobias e o receio de tudo!  Acompanhamos os sobes e desces dos marcadores tumorais,  de nossa fé, de nosso ânimo, de nossa coragem, mas não temos outra escolha a não ser seguirmos em frente.
Mas para que a viagem transcorra bem,  vale a pena seguirmos algumas regras de segurança:
Não viaje sozinho, tenha sempre alguém ao seu lado ou à sua frente, ou mesmo atrás, pois o que conta é estabelecer uma ligação com alguém, como a confiança depositada em seu médico, o apoio de sua família e dos amigos, pois tudo vale para tornar a sua viagem mais tranquila!
Deixe-se levar e procure não se preocupar com o que virá pela frente, pois só assim sentirá paz!
Durante os sobes e desces, feche os seus olhos e sinta o vento sem se preocupar com o tempo. Sinta-se voar, sem destino, mas sem parar. Procure levantar os braços e agradecer a Deus todos por estar vivo.
É normal sentir medo, mas deve-se sempre transformar esse medo em amor pela vida e em garra para vencer cada obstáculo.
Depois de muitos solavancos, grite, chore, extravase todos os seus sentimentos.
O looping serve apenas para que possamos mudar a nossa perspectiva e vermos a vida sobre outro ângulo fantástico.
Por fim, devemos nos acalmar, pois somente assim é que sentiremos uma tranquilidade recheada de emoção por estarmos vivos!

O importante é o modo como encaramos esta viagem. Se encarar de  uma forma positiva tudo será mais fácil, pois as curvas e descidas bruscas servem para combatermos a inércia e darmos impulso à nossa preciosa vida! IUPIIIII, BORA SER FELIZ!"

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Como manter o bem estar emocional quando você tem câncer de ovário

O câncer desencadeia no paciente e em sua família diferentes reações psíquicas, sendo o diagnóstico um momento crucial para o possível surgimento de diversos sintomas emocionais, dentre eles a depressão.
Na maioria das vezes, esses sintomas podem aparecer tanto no início da doença como após procedimentos cirúrgicos, ou ainda, até o prolongamento de todo o tratamento, onde em cada situação distinta o paciente se vê obrigado a fazer novas adaptações cotidianas.
A instabilidade emocional durante o tratamento se torna freqüente, podendo ocorrer alterações tanto do humor como do comportamento; sentindo-se angustiado, desmotivado, ansioso, sem controle de sua própria vida, e a partir daí desenvolver pensamentos fantasiosos de dor, sofrimento, morte ou cura.
Vale lembrar que essas reações são perfeitamente aceitas e muito comuns, no entanto, devem ser atenuadas.
Muitas mulheres podem viver com câncer de ovário durante muitos anos. É por isso que é importante manter-se bem fisicamente e emocionalmente o quanto lhe for possível, seja através da combinação de exercícios, como caminhada ou natação, e outros hábitos saudáveis, como alimentar-se bem, não fumar...

O papel da nutricionista
O câncer de ovário pode afetar o trato gastrointestinal. Então se você tem esse tipo de câncer, você deve prestar muita atenção para os problemas digestivos. Uma nutricionista pode ajudar. Você pode pedir ao seu médico para lhe indicar uma.

O estado de espírito
Também é importante manter um estado de espírito positivo. Você pode fazer isso de várias maneiras - através de exercícios, meditação, religião, espiritualidade, e, se necessário, medicamentos antidepressivos.

Encontrar apoio psicológico
Isto irá ajudá-la a manter um forte relacionamento com a sua equipe de saúde. Você pode solicitar ao seu médico, prestador de cuidados de saúde ou assistente social do hospital para que lhe recomende um terapeuta treinado. 
Muitas mulheres tentam fazê-lo por conta própria, mas é uma enorme carga emocional. As mulheres vão ver um especialista para tratar o câncer, mas muitas vezes elas não procuram um especialista em como lidar com as emoções causadas pelo câncer.
Um grupo de apoio, especificamente algum composto por mulheres que têm câncer de ovário, pode ser útil. Esses grupos atuam como uma rede, como uma estrutura de apoio. Em um grupo de apoio poderá passar algum tempo com as mulheres que sobreviveram ao câncer. Há sobreviventes. As mulheres precisam saber disso.
No Brasil, ainda não existe um grupo de apoio local especifico para o câncer de ovário, mas é possível encontrar suporte on-line como por exemplo: o Instituto Oncoguia, blogs sobre o assunto...
Ainda assim, a decisão de procurar um grupo de apoio é uma questão pessoal. Algumas mulheres se beneficiam deles, enquanto outras não. Mas as mulheres com câncer de ovário também podem ganhar capacitação emocional, educando-se a sí próprias a conviver com a doença.

Procurar aconselhamento e cuidados especializados
É importante que as pacientes estejam conscientes do que está acontecendo com elas. A maioria das mulheres com câncer de ovário não pode, por diversas razões, ser tratada em um centro oncológico, onde encontramos grandes equipes de saúde especializadas no tratamento de câncer do sistema reprodutivo de uma mulher. Mas elas podem estar em contato com ginecologistas especializados em oncologia.

Manter as estatísticas em perspectiva
Muitos profissionais de saúde recomendam que você pesquisa o seu câncer e que solicite a sua equipe de saúde os devidos esclarecimentos sobre o seu caso, mas tome cuidado para não interpretar as estatísticas muito literalmente.
É muito importante que a mulher não assuma tudo o que lê, que aplique tudo para si mesma, pois cada caso é um caso. Faça uma lista de perguntas antes de ir ao consultório médico.  Você deve sentir que todas as suas dúvidas e preocupações estão sendo sanadas. Eu acho que se as coisas não são claras, se uma pergunta não for respondida, você deve repetir a pergunta. Sempre manter linhas claras de comunicação com todos os membros da equipe de saúde.

Um período de refazimento
O período de doença pode ser entendido como um momento pelo qual pode-se aumentar o autoconhecimento, aprender com sintomas que são sentidos em seu corpo, e desenvolver-se como pessoa. Ou seja, uma forma de poder refazer-se plenamente e de maneira significativa, visando uma melhor qualidade de vida e melhor entendimento do adoecer, desde o diagnóstico ao fim do tratamento.


Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...